Jornalista graduado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep), Ivan Camargo reside e trabalha na cidade de Tatuí (SP). De 1992 a 1994, editou o jornal “Stopim”, um tabloide de humor inspirado no histórico “O Pasquim” (1969-1991), do Rio de Janeiro. Em 1995, assumiu a editoria do jornal “O Progresso” (fundado no interior de São Paulo, em julho de 1922).
Pela Faculdade Cásper Líbero (SP), cursou a pós-graduação, especializando-se, entre outras disciplinas, em história da arte, com a professora e atriz Marlene Fortuna; e adaptação de obras literárias para cinema e TV, com o professor e roteirista Antonio Adami. Ainda estudou roteiro para cinema, no Centro de Artes do Senac (SP).
Em teatro, no Conservatório Dramático e Musical “Dr. Carlos de Campos”, de Tatuí, participou de workshops de direção, com o professor e diretor Antonio Mendes, e “Música de Cena”, com o compositor e instrumentista Lívio Tragtenberg.
Já no Centro de Artes e Educação “Célia Helena”, em São Paulo, sob a orientação do professor e dramaturgo Samir Yazbek, integrou laboratório de criação de texto teatral.
Ivan Camargo escreveu diversos curtas-metragens, um longa e seis peças de teatro – entre estas, quatro inéditas. Encenadas, teve duas adaptações: “Priscila, a Rainha da Caatinga” – baseada no filme “Priscilla, A Rainha do Deserto” – e “Vovó Delícia” – a partir do livro homônimo de Ziraldo. Já publicados, assina dois romances. Em 2008, lançou o primeiro livro, “Onde Moram os Tatus”, texto que recebeu duas premiações nacionais e uma estadual, entre estas, a seleção pelo Proac (Programa de Ação Cultural) do Estado de São Paulo, que garantiu a primeira edição. Nesse mesmo ano, somou duas distinções no “II Prêmio de Literatura”, promovido pela UBE (União Brasileira de Escritores), entidade fundada em 1958, entre outros, pelos escritores Sérgio Milliet e Mário de Andrade. Além da menção honrosa ao livro “Onde Moram os Tatus”, foi o vencedor desse concurso nacional com a peça de teatro “O Cativeiro”. Em 2009, também por seleção do Proac, lançou o segundo romance, intitulado “Assombrações Caipiras”.
Pela UBE do Rio de Janeiro, em 2011, conquistou a primeira colocação no “Prêmio Dias Gomes”, categoria teatro, do Concurso Internacional de Literatura, com a peça “Até que A Morte nos Enlace”. Em 2013, pelo mesmo certame, alcançou a terceira colocação no “Prêmio Martins Pena”, com a peça “Santa Casa da Luz Vermelha”. Em 2016, teve o livro “Nem te Contos” classificado na terceira suplência do Proac, assim posicionando-se em nono lugar entre 199 obras inscritas para os seis prêmios do edital de criação literária destinados ao interior de São Paulo. Ainda nesse ano, integrou a sexta edição do e-book “Microcontos de Humor”, publicado a partir de concurso promovido pelo 43º Salão Internacional de Humor de Piracicaba, e também teve o conto “Espingarda de Museu” selecionado entre os 25 que compuseram o livro da terceira edição do Concurso de Contos de Santo Ângelo (RS), entre 361 inscritos. Em todos os gêneros narrativos, o autor sustenta uma característica em comum: a linguagem do humor.
Pelo concurso da UBE/Scortecci, a peça “O Cativeiro”, além de ficar entre os três textos vencedores, recebeu críticas muito positivas do júri, formado por escritores da própria associação:
“A escolha desta peça se deu por sua carpintaria precisa, no estilo das comédias francesas, cheia de quiproquós, um clima sustentado do início ao fim”
“'O Cativeiro', de Ivan Camargo, tem assunto atual e urbano: o sequestro. O tema é tratado de modo cínico, misturando marginalidade, polícia e religião”
“O humor proposto acontece sempre e o final é o mais consistente, dentre as comédias apresentadas”
“Em minha opinião, os três maiores prosadores que São Paulo teve, no século passado, foram estes: Monteiro Lobato, Afonso Schmidt e Valdomiro Silveira. Afirmo, se Ivan Camargo fosse contemporâneo desses três escritores, e tivesse publicado naquela época o livro ‘Onde Moram os Tatus´, eu o incluiria na lista dos quatro maiores prosadores de São Paulo. Gostei tanto da obra que a li de um só fôlego, completamente magnetizado.”